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Divã

(Segue texto sem revisão, se eu reler acabo não postando)

É só abrir a página em branco pra começar a escrever que tudo vai embora. Há segundos atrás eu pensei “Tenho que escrever isso no blog”, agora não tenho noção do que era. Enfim, muita coisa rolando nesses tão pouco dias de 2009.
Momentos extremamente eufóricos de festa e boas companhias e alguns momentos dramáticos, mas apenas quando estou sozinha e fico pensando de mais. Idas e vindas ao blog, posts escritos e apagados. Medo de exposição? É assustador não saber o que fazer, pensamentos atormentando, ideias que as vezes parecem maravilhosas e as vezes parecem muito forçadas ou bregas.
Estou recorrendo a todos, contando e recontando a história pra ouvir opiniões. Mas tudo sempre é positivo, meus amigos certamente vão me colocar pra cima. E hoje, ouvi a primeira pessoa que não me disse mil maravilhas, foi totalmente racional e eu agradeço. Nem negativa nem positiva, mas era o que eu precisava, de uma dose de verdade sem flores e histórias pedindo por finais felizes. É o suficiente pra eu conseguir aguentar mais um tempo sóbria, sem me iludir positivamente ou negativamente. Talvez amanhã eu entre no assunto novamente. Eu preciso de um chão de realidade. São dias com hormônios percorrendo as veias que dá pra sentir. Sai do coração e percorre todo o corpo. Gelando. Arrepiando. É quase inexplicável e traz picos de felicidade e de dor. Felicidade pela doce ilusão, esperança. Dor pela auto-mutilação que é necessária para afastar os bons pensamentos e manter os pés no chão. Tudo isso até que eu consiga realmente tomar uma atitude e ir em busca das minhas respostas.
Ah a auto-mutilação. São os tapas na cara na frente do espelho, são horas na frente do computador procurando por sinais, respostas óbvias que eu talvez não quisesse enxergar. São os pensamentos dizendo: “não se iluda pois depois a dor é pior...”, são as respostas encontradas paras as “mudanças ocorridas”.
Tudo está tão complicado porque é algo que eu nunca senti. Nunca aconteceu de forma tão intensa e tão platonica. O medo da dor posterior anestesia a vontade de acabar logo com a incerteza. Alguma coisa me deixa tensa, sem conseguir falar pessoalmente o que eu ensaio. Enquanto faz frio eu transpiro. Falo sem parar, abro minha vida, só não saem as palavras que abririam a ferida que eu já fiz no meu coração. As palavras que realmente importariam, que seriam decisivas. De certa forma, algumas de minhas cartas já foram dadas. De maneira estranha, mas foram.
Queria que fosse possível pausar um sentimento, pra respirar um pouco. Por mais que eu procure me distrair, quando me distraio me pego suspirando, sorrindo, chorando... Perdida no verde-esmeralda hipnotizante.

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