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Ela não queria frear a vida dele, queria apenas fazer parte dela.
Ela não queria que nada mudasse, se adimirava com o rítimo dele.
Ela jamais conseguiu olhar para outra pessoa, tudo que fazia era pensando nele.
Um dia, até pensou que era tudo superficial e que conseguiria se afastar. Mas bastou ficar sozinha e seu coração lhe dizia que sem ele não poderia viver.
Havia uma escolha, ela esperava pela resposta. A felicidade dela dependia daquilo, ela também queria fazê-lo feliz.
Houve um bebê. Quando souberam da existência, já não existia bebê algum. Ela sentiu dor, mesmo sabendo que as consequências seriam muito piores. Ela queria dar isto a ele.
Ela achava que ele era a pessoa moldada para ela. Imaginava que não existiria rotina, queria ser acordada com um beijo de chegada, enquanto, ao nascer do dia, ela se preparava para a sua solitária rotina. Ele tinha a dose certa de emoção para a vida dela, ela não se importava com nada que ele fizesse, desde que seu coração pertencesse apenas a ela.
Agora ela sente dor. A consciência do filho que não existiu e a espera por uma resposta. A esperança de ser autorizada a fazê-lo feliz. A esperança de que ele deixe o medo e aceite tudo que ela tem para oferecer.

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