Era um dia quente. Ela transpirava muito, todos notavam sua alteração. Tudo aconteceu por acaso. Os olhares se cruzaram e eles se entenderam sem que nada precisasse ser dito. Foi impossível contar o tempo. Quando voltaram a si, tudo já estava em silêncio, todos haviam partido. Uma noite longa. Ela precisava de um fim. Foi estranho.
Um novo dia nasceu. Eles se entenderam. Ela tinha sede. Não há porque ter pressa. Os lençóis pegavam fogo. Ele não tinha medo. Ela, medo de si própria. Se alimentavam de água e fumaça.
Excessos. Entre suas diferenças, mais coisas em comum. Você entrou rápido em minha vida, e eu gostei. Os dias passam mais depressa, as noites são mais curtas ainda. Minhas pernas se renderam e estavam molhadas de alegria. Talvez eu nunca mais durma novamente. Seu beijo é a morte. Doce como um veneno deve ser para atrair sua vítima. Meu portal da morte.
A conexão. Tudo que os liga os mata. Não se conhecem porque não conhecem a si próprios. Ele quer tudo muito rápido, tudo muito intenso naquele momento. Ela não tem pressa, quer que tudo seja perfeito e a satisfaça plenamente. É uma balança tentando se equilibrar, mas ainda há muita turbulência.
Eu te odeio. Odeio por não conseguir te odiar. Odeio por você me dar exatamente o que eu preciso.
O beijo da morte. O beijo mais doce que eu já experimentei. Às vezes me entorpece e me deixa tonta. Faz perder o chão por alguns segundos. Eu acho que gosto. Gosto de me perder. Mas acho que não gosto quando me adormece com seu beijo envenenado. A entorpecência das suas veias colide com minha vontade de sentir tudo com intensidade.
Os defeitos. Ela tem o coração trancado. Sempre age com cautela quando se trata de sentimentos. Apesar de gostar de intensidade. Ele vive de excessos. Se satisfaz com curtas doses de prazer. É tudo muito rápido.
O fim. Nos encontraram no quarto. Era um cômodo tão pequeno. Iluminado apenas pela luz do sol. Uma cortina velha balançava na janela. Haviam restos de chocolate pela cama. Copos de plástico com água, metade cheio. Uma carta sobre o criado-mudo. Escrita com letras douradas.
Um novo dia nasceu. Eles se entenderam. Ela tinha sede. Não há porque ter pressa. Os lençóis pegavam fogo. Ele não tinha medo. Ela, medo de si própria. Se alimentavam de água e fumaça.
Excessos. Entre suas diferenças, mais coisas em comum. Você entrou rápido em minha vida, e eu gostei. Os dias passam mais depressa, as noites são mais curtas ainda. Minhas pernas se renderam e estavam molhadas de alegria. Talvez eu nunca mais durma novamente. Seu beijo é a morte. Doce como um veneno deve ser para atrair sua vítima. Meu portal da morte.
A conexão. Tudo que os liga os mata. Não se conhecem porque não conhecem a si próprios. Ele quer tudo muito rápido, tudo muito intenso naquele momento. Ela não tem pressa, quer que tudo seja perfeito e a satisfaça plenamente. É uma balança tentando se equilibrar, mas ainda há muita turbulência.
Eu te odeio. Odeio por não conseguir te odiar. Odeio por você me dar exatamente o que eu preciso.
O beijo da morte. O beijo mais doce que eu já experimentei. Às vezes me entorpece e me deixa tonta. Faz perder o chão por alguns segundos. Eu acho que gosto. Gosto de me perder. Mas acho que não gosto quando me adormece com seu beijo envenenado. A entorpecência das suas veias colide com minha vontade de sentir tudo com intensidade.
Os defeitos. Ela tem o coração trancado. Sempre age com cautela quando se trata de sentimentos. Apesar de gostar de intensidade. Ele vive de excessos. Se satisfaz com curtas doses de prazer. É tudo muito rápido.
O fim. Nos encontraram no quarto. Era um cômodo tão pequeno. Iluminado apenas pela luz do sol. Uma cortina velha balançava na janela. Haviam restos de chocolate pela cama. Copos de plástico com água, metade cheio. Uma carta sobre o criado-mudo. Escrita com letras douradas.
Comentários
Lembrou-me da crônica Os Amantes de Rubem Braga. Sua incompletude mais me agrada que incomoda, deixe ao leitor a tarefa de imaginar o conteúdo da carta de letras douradas... "Bote a mesa, trarei almoço", "Foi maravilhoso" ou "Adeus..."? Cada um que escreva aquilo que melhor lhe couber.
A única coisa que me intrigou é a mudança de discurso de terceira pra primeira pessoa a partir do 3º parágrafo, e de novo, e de novo depois. É proposital?
Anyway, gostei bastante. Bravo.